A micropigmentação é um processo que apresenta vários desafios. Isso porque, para se alcançar um bom resultado, é preciso considerar não apenas a mistura de cores que se deseja atingir, mas também as características específicas dos diferentes tons de pele e, assim, entender como determinadas tonalidades vão se comportar em cada uma delas.

Um exemplo disso é quando ocorre de sobrancelhas acabarem acinzentadas ou muito vibrantes, comprometendo todo o esforço colocado na aplicação. Desesperador, não é mesmo?

Então, para evitar situações como essas, é importante entender que a pele possui seus próprios pigmentos naturais e compreender a influência que eles exercem no resultado da micropigmentação.

Uma classificação dos diferentes tons de pele

Existem diversas variações de tons de pele, que são determinados não só pelos pigmentos herdados geneticamente, mas também pela ação do sol. A classificação mais conhecida para determinar os grupos gerais desses tons é a chamada Escala de Fitzpatrick, que nomeia esses grupos como fototipos e os classifica da seguinte maneira:

Os pigmentos naturais, que são os principais responsáveis por essas variações, derivam da melanina, sendo a eumelanina presente nos tons mais escuros e frios, e a feumelanina nos claros e quentes.

Os desafios da micropigmentação em tons de pele mais claros

Como foi dito, esses tons mais claros, que abarcam os tipos I, II e III, possuem a feumelanina, que é um pigmento pequeno e menos concentrado. Isso acaba por influenciar na espessura dessas peles, que ficam mais finas e sensíveis.

Por serem mais finas, o processo de cicatrização da pele é mais acelerado, fazendo o organismo absorver os pigmentos menores com mais facilidade, que são os marrons, acabando por deixar o aspecto acinzentado mais facilmente.

Por isso, nesse sentido, é mais interessante puxar a mistura desses pigmentos sempre para um castanho mais quente (voltado para o vermelho, amarelo e laranja), para depois, caso venha a ser necessário, neutralizar essa mistura no retoque.

Os desafios da micropigmentação em tons de pele mais escuros

Já nos tipos IV, V e VI o cuidado também deve ser em neutralizar as misturas, para que o abuso dos castanhos escuros — que tem como base tons frios (azul, verde e roxo) — não deixem um aspecto acinzentado ou azulado após a cicatrização.

Peles nessas tonalidades possuem uma espessura mais grossa, dificultando o processo de micropigmentação e da fixação desses pigmentos, caso a pressão da aplicação não for feita na medida certa.

Também é preciso atentar-se ao uso de cremes clareadores, que podem interferir no resultado da micropigmentação.

Cuidados especiais para profissionais de micropigmentação

Conhecimentos sobre aplicações de colorimetria são extremamente úteis nesse processo, para que se possa compreender quais as melhores saídas e a qual direcionamento tomar com a mistura – mais quente ou mais fria –, considerando os diferentes tons de pele.

A colorimetria também é fundamental para a neutralização dos pigmentos, que resulta do equilíbrio entre as cores primárias e secundárias. Então, é um conhecimento indispensável para esse profissional.

Por fim, é importante ter em mente que a micropigmentação também precisa de cuidados como a higienização de equipamentos, para evitar a proliferação de possíveis doenças e garantir a segurança do processo.

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